quinta-feira, 17 de abril de 2014

Mortes em Pedrinhas confirmam absoluto descontrole da Segurança Pública, diz Othelino Neto

 
O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) disse, em pronunciamento na sessão desta quarta-feira (16), que as últimas mortes de presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas só confirmam o absoluto descontrole do Sistema Penitenciário do Maranhão, que está em crise permanente.
 
“Não se vê uma luz no fim do túnel. Não se vê a governadora Roseana Sarney se posicionar. Quando falou do assunto, ela perdeu a oportunidade de ficar calada, porque disse que preferiu investir em outras áreas”, afirmou o parlamentar.
 
Segundo Othelino Neto, o Maranhão continua sendo notícia nacional, quase todos os dias, nos grandes jornais do país com as mortes na Penitenciária de Pedrinhas. “Isso não pode ser considerado normal. O que está acontecendo no Estado é que o governo está tentando fazer com que isso pareça normal. Nos últimos quatro dias, foram três assassinatos e o governo parece que quer deixar isso virar rotina. Isso não é rotina. O governo precisa ter controle do Sistema Penitenciário”, disse o deputado.
 
Caos na Segurança Pública
 
De acordo com o deputado do PCdoB, o problema não é só a grave crise do Sistema Prisional é o caos no Sistema de Segurança Pública do Estado. O parlamentar lembrou que representantes dos sindicatos dos policiais militares e dos bombeiros assinaram um acordo, ao final da greve passada, e o governo do Estado se comprometeu, no prazo de 10 dias, encaminhar para a Assembleia Legislativa uma Medida Provisória, garantindo os benefícios às categorias, o que, até agora, não foi feito.
 
Othelino disse ainda que o governo do Estado se comprometeu em suspender as sanções administrativas àqueles que foram considerados líderes do movimento, como o sargento Leite e ao cabo Campos, mas, até agora, nada foi feito. “O que se sabe e o que está acontecendo é que o Leite continua preso lá em Timon, inclusive será transferido nos próximos dias para São Luís, onde deverá ser ouvido por uma comissão disciplinar da Polícia Militar. A informação que temos é que será trazido algemado para ser constrangido e servir de exemplo para o resto da corporação”, denunciou o deputado.
 
Segundo ainda Othelino Neto, os policiais militares avisaram que não querem retornar à greve, mas se o governo do Estado insistir e não cumprir o combinado, o movimento grevista será obrigado a voltar. “Isso não é bom para a polícia, para o governo e para a sociedade maranhense. Então fica este apelo ao governo do Estado para que cumpra com o seu compromisso a fim de evitar um transtorno maior”, finalizou.

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