Parece que todo mundo que está, acabou de sair ou pode ir para a cadeia neste país tem algum tipo de comprometimento financeiro com gente do grupo Sarney.
2014. Maranhão. O ministro Edison Lobão, das Minas e Energias, um dos mais antigos membros do grupo liderado pelo senador José Sarney, é denunciado na revista Época por envolvimento com o diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. Paulo está preso acusado de corrupção e já começa a dar sinais de desespero. Mas sairá para responder em liberdade em poucos dias.
2014. Maranhão. Um doleiro acusado de fazer parte de uma quadrilha que garfou R$ 10 bilhões dos cofres públicos é preso na capital, São Luís. As acusações, dentre outras, são de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O jornal “O Globo” denuncia a participação do doleiro no estranho pagamento de mais de 100 milhões de reais em precatórios a uma empresa a quem o Estado do Maranhão continuaria devendo o que acabava de pagar. A governadora Roseana Sarney vem a público dizer que o Estado lucrou com a negociata. Mas as contas apontam um rombo de R$ 200 milhões nos cofres do Estado.
2014. Maranhão. O ministro Lobão surge em outra reportagem de Época, desta vez por envolvimento com os operadores financeiros Frabízio Neves e Alexandre Predtechensky, o Russo, acusados de promover um rombo milionário no Postalis – o Fundo dos funcionários dos Correios e Telégrafos. Russo tinha sido sócio de Márcio Lobão, filho do ministro, numa concessionária de BMW que acabou indo à falência. Submetidos a auditorias no Brasil e nos Estados Unidos, o mais provável é que Russo e Fabrizio acabem na prisão.
2014. Maranhão. A Justiça Federal de São Paulo encaminha ao Supremo Tribunal Federal documentos que apontam a suspeita de que o senador José Sarney se beneficiou de informação privilegiada por resgatar R$ 2 milhões aplicados em fundos do Banco Santos. Os documentos foram encaminhados ao STF porque sendo senador Sarney tem foro privilegiado.
O resgate dos 2 milhões foi feito um dia antes do banco Central decretar intervenção na instituição financeira. Conforme o Ministério Público Federal de São Paulo, o próprio dono do Banco, Edemar Cid Ferreira, deu as instruções para resgate do dinheiro. Edemar Cid Ferreira já foi condenado a 21 anos de prisão por gestão fraudulenta, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, mas recorreu.
É tanto presidiário que dá para organizar mais uma rebelião em Pedrinhas. E nós ainda estamos no mês de maio. O ano só começou. Que coisa incrível! O melhor que todo mundo faz é evitar qualquer tipo de acordo com o grupo Sarney. Essas penitenciárias ficam bem longe do Maranhão.